Meu nome não é Mara Dyer, mas meu advogado disse que eu precisava escolher alguma coisa. Como pseudônimo. [...] Sei que ter um nome falso é estranho, mas confie em mim: é a coisa mais normal a respeito da minha vida no momento.
A obra trata da vida de Mara após um acidente em que sua melhor
amiga, seu namorado e a irmã dele morrem. Mara, como a única sobrevivente,
sofre de transtorno pós-traumático, ou assim ela acredita. Convencendo sua
família a mudarem de cidade, Mara acredita que conseguirá com que os fantasma
deixem de assombrá-la, literalmente. Mas não é o que acontece.
Mara é uma personagem dividida entre tentar ser normal e fingir
não ver o que vê e não fazer o que faz; ou assumir o que considera ser sua
loucura e proteger aqueles a quem ama, até mesmo dela. Ao ir para uma nova
escola, Mara não apenas se vê mais perturbada em relação ao acidente e a visões
que a perseguem, mas também se depara com uma situação que pode ser ainda mais
estranha para ela: se apaixonar.
O cara de quem ela
gosta, Noah, o riquinho galã, que está sempre irritando-a e perseguindo-a,
parece esconder mais do Mara poderia imaginar.
Quando estranhos
acontecimentos rodeiam Mara e sua família, e a sua confusão mental parece mais
forte, ela relembra fatos impressionantes sobre seu acidente e a descoberta
sobre sua própria capacidade destrutiva vai colocá-la diante de um impasse que
poderá custar muitas vidas, além da sua própria.
Esse foi um livro
no mínimo estranho de se ler. Ao mesmo tempo cativante e perturbador.
Perturbador não apenas por conta das visões de Mara, mas pelo fato de ela não
saber o que acontece com ela, do que ela é capaz. Quando ela, com a ajuda de
Noah, começa a ter consciência de alguns fatos do acidente que sofreu, onde sua
amiga morreu – aliás a única que de certo modo não aparece para assombrá-la –
alguém passa ameaçar sua família.
É nesse ponto da história
que eu fico com um pequeno nó na cabeça. Mara tem de tomar uma decisão que a
leva ao início de toda a confusão na qual se envolveu. O “acidente”
aparentemente foi algo premeditado por outro indivíduo envolvido, mesmo que
isso para Mara não faça o menor sentido.
Mara me parece, ao
final da história, um peão num jogo mortal sem sentido – pois a autora não nos
deixa pistas de o motivo por trás dos fatos que cercam Mara após sua mudança -,
e alguém de memórias fictícias, enganosas. Não conseguimos confiar nas
lembranças dela, assim como ela mesma.
O final do livro
trás algo que fica meio subentendido a partir do meio do livro, algo que a
autora quis tratar como uma surpresa, mas só foi surpresa mesmo para a Mara. A
forma como o livro se encerra é frustrante, mas também instigante.
O livro não é de
todo mal e me deixou com vontade de ler os próximos dois livros para saber no
que é que essa garota vai se envolver daqui em diante.
Perguntas ficam:
quem ou o quê Mara é? Ela não é a única, mas aparentemente foi escolhida para
algo. Por quê? Vamos ter que ler para descobrir. J
Boa leitura!
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