O ego dele é seu ponto
vulnerável. Se se sentir ameaçado, realmente ameaçado, então vai desmoronar. Ele
está agora pisando em gelo fino. Não vai demorar a desmoronar por completo.
Judd hesitou, mas continuou,
quase que falando para si mesmo:
- Ele é um homem que tem ...
mana.
- Tem o quê?
- Mana. É um termo usado
pelos primitivos para designar um homem que exerce influência sobre os outros
por causa dos demônios que existem dentro dele. Em sum, um homem com uma
personalidade dominante.
- O mundo está cheio de artistas
que são esquizofrênicos. A maioria consegue atravessar a vida sem cometer
qualquer violência porque o trabalho proporciona um meio de expressão, de
vazão. Nosso homem não possui esse desaguadouro. Por isso ele é como um vulcão.
A única maneira que tem de se livrar da pressão interior é pela morte ...”
Neste
maravilhoso thriller de Sidney Sheldon, acompanhamos as tentativas de
assassinato ao dr. Judd Stevens, famoso psicanalista. Tudo começa quando um
paciente é assassinado ao sair do seu consultório e dois investigadores
aparecem para falar com o doutor.
Algum
tempo depois, seu consultório é invadido, sua assistente é brutalmente
assassinada e acidentes e perseguições passam a acontecer, colocando a vida de
Judd em risco. A polícia não parece tão convencida da total inocência dele em
relação aos assassinatos e então Judd parte em uma investigação solitária,
tentando usar sua capacidade de análise do comportamento humano para descobrir
o mandante dos crimes e o motivo pelo qual o persegue.
É
muito interessante como as coisas vão acontecendo. Não há apenas a narração de
Judd, apesar de ela ser a maior parte do livro, mas temos também alguns dos
policiais envolvidos no caso, a assistente, entre outros, que narram alguns
momentos da história. Temos alguns crimes brutais, principalmente a morte da
assistente de Judd, que se chama Carol.
É
incrível como o doutor sobrevive aos atentados. Ele é atropelado, leva uma
surra, e no final, pelo amor de Deus, como é que ele não morre?!
Aliás,
o clímax do livro é muito bom, apesar de ter me deixado um pouco frustrada,
pois algumas coisas não ficam totalmente resolvidas. Mas o confronto de Judd
com o assassino é ótimo. Você fica naquela expectativa misturada com temor, e
tem momentos que você quer rir do descaramento de Judd em agredir verbalmente o
assassino. É o bom diálogo e a forma como esse confronto é envolvido é muito
boa.
Recomendo
a todos, a quem leu ou não alguma obra do Sidney Sheldon. Este autor é
maravilhoso. Tem uma escrita que envolve psicologia, com suspense e muita ação,
que te envolve de um jeito que você não consegue largar a história. Meu livro
favorito dele é o Se Houver Amanhã,
simplesmente impressionante.
Então,
leiam a obra, não vão se arrepender.
Boa
leitura!
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