- Alôô? – Chamou Harry.
Silêncio. Harry se levantou
e espiou atrás da árvore. Estava escuro para ver muito longe, mas ele sentia
que havia alguém logo além de seu campo de visão.
- Quem está aí? – perguntou.
E então, sem aviso, o
silêncio foi rompido por uma voz diferente de todas que tinham ouvido antes; e
ela não soltou um grito, mas algo que lembrava um feitiço.
- Morsmordre!
E uma coisa enorme, verde e
brilhante, irrompeu do lugar escuro que os olhos de Harry se esforçaram para
penetrar: e voou para o topo das árvores e para o céu.
- Quem...? – exclamou Rony,
ficando em pé de um salto e arregalando os olhos para a coisa que aparecera.
Por uma fração de segundo,
Harry pensou que fossa outra formação de duendes irlandeses. Depois percebeu
que era um crânio colossal, aparentemente composto por estrelas de esmeralda e
um cobra saindo da boca como uma língua. Enquanto olhavam, o crânio foi subindo
cada vez mais alto, envolto em uma névoa de fumaça esverdeada, recortando-se
contra o céu noturno como uma constelação.
De repente, toda a floresta ao
redor deles explodiu em gritos.
Seriamente, se eu antes gostava de Harry Potter, esse livro provou que estou amando LOUCAMENTE a obra. O quarto volume da série trás não apenas um conteúdo sombrio, cheio de perigos, mas, principalmente, questões políticas e sociais do mundo da magia que mal percebemos nos outros livros. Dumbledore se consolidou na minha cabeça como um dos personagens principais e de grande importância. Conhecemos mais do mundo fora da escola e percebemos a amplitude das ações de Lorde Voldemort para além da Inglaterra.
Mas vamos a sinopse, já conhecida da maioria de nós leitores. Harry, agora quartanista em Hogwarts, se vê envolvido em um extraordinário e perigoso torneio para jovens bruxos, no qual três escolas disputam um prêmio, tendo cada uma delas um campeão para o torneio. Infelizmente para Harry, alguém resolveu que Hogwarts teria mais de um campeão, e o jovem, mesmo restringido inicialmente a participar da disputa por conta de sua idade, é obrigado a ser um dos campeões por um contrato mágico impossível de ser cancelado.
Enquanto tenta passar pelas provas, Harry é perseguido em sonhos por visões horríveis de Voldemort - que parece estar recuperando seus poderes -; tem ainda que dar conta das atividades da escola; resolver seus problemas com seus amigos; e conviver com sua primeira paixão. E não é só ele que está descobrindo os hormônios. Toda Hogwarts, juntamente com as escolas do Torneio Tribruxo - Beauxbatons e Durmstrang -, vivem vários momentos amorosos e de ciúmes, desde alunos até professores.
O livro começa com o convite dos Weasley para Harry juntar-se a eles para assistir a final da Copa Mundial de Quadribol. Logo no início conhecemos personagens importantes para a política do mundo mágico, como membros do ministério da magia e representantes de outras nações. Um ataque, infelizmente, ocorre ao acampamento da copa mundial, acontecimento esse que vai gerar intrigas e suspeitas em Harry no decorrer do livro.
Dentre os personagens novos de grande importância para a história temos Bartô Crouch, Ludo Bagman, Cedrico Dilgory e Vitor Krum. Relembramos também personagens queridos, como Dobby e Sirius.
No entanto, apesar de já ter assistido os filmes da séries, não fiquei preparada para a trama política do livro e as manobras de Voldemort de chegar ao poder. Finalmente compreendemos todo o temor e sensação de perigo que esse vilão espalhou antes de Harry. E o mais legal é que, ao mesmo tempo em que conhecemos mais de Voldemort e seus seguidores, vemos um Dumbledore mais estrategista e poderoso, principalmente do meio para o final da história.
Olho-Tonto Moody também foi um personagem cativante, apesar de todas as coisas que descobrimos no decorrer da história. Ele fez coisas com alguns personagens que eu sentia vontade de fazer desde o primeiro livro.
Além de um ótimo enredo - que tem um clímax maravilhoso -, outros pontos positivos da obra são as tarefas do torneio (adoraria assistir essas competições e elas foram retratadas de uma forma que você se sente participante delas - descrição maravilhosa da senhora J. K.); Voldemort no final do livro (impressionante como personagem - poderoso e manipulador - amei); e a forma como alguns comensais e sua ligação com o Lorde das Trevas são reveladas.
O filme, que era um dos meus favoritos, foi totalmente eclipsado pelo livro, principalmente pelas alterações que a história sofreu na adaptação cinematográfica. A lógica do perigo foi mantida, mas os atos e conspirações foram sem graça em comparação ao livro. Aliás, não gostei da forma como Dumbledore se portou no filme. Não me lembrou nem um pouco o do livro, além de tê-lo achado passional demais. Não me convenceu.
No entanto, existem cenas do filme que muito me divertem e que não encontramos no livro, tais como: a aula de dança de profa. Minerva para a Grifinória e a prova do prof. Snape, na qual o trio de amigos discute o baile.
Harry Potter e o Cálice de Fogo é genial! Leitura obrigatória para os amantes de fantasia, pois mescla suspense, hormônios, seres místicos e ação.
E esse mês ainda vai ter resenha do quinto volume da série, já que atrasei a leitura do quarto, que era o do mês passado.
Boa leitura!!!
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