Olá
leitores!
Hoje
vamos falar sobre esta série ‘maravilhinda’ da Julia Quinn. Creio que todos os
fãs de romance, principalmente dos históricos, já ouviram falar dessa autora e
suas obras. Nada mais significativo do que a série “Os Bridgertons”, que é um
sucesso (meu favorito dessa série é “O segredo de Colin Bridgerton”,
<3<3<3).
A autora escreveu a série deste post – quarteto Smythe-Smith – apresentando novos
personagens do mundo dos Bridgertons que são apenas comentados na série
principal. Não sei nem se posso chamar de spin-off, mas, quem não lembra da
noite musical dos Smythe-Smith na série dos Bridgertons, não é? Muitos diálogos
interessantes e situações engraçadas aconteceram durante os musicais.
Mas
voltando ao quarteto, uma coisa que sempre intrigou os leitores é o fato de que
a família não tem o menor tino musical. Mesmo assim, anualmente muitas famílias
respeitadas de Londres comparecem ao desastre e agem como se não fosse ruim em
absoluto. Nessa série descobrimos muita coisa sobre os Smythe-Smith, mas a
principal é que as jovens musicistas SABEM o quanto tocam mal. Pelo menos a
maioria delas sabe.
Isso é o que torna todas as noites musicais da família, cômicas, e enfatiza o que
há de mais forte nos Smythe-Smith – o amor pela família. Tudo gira em torno
disso. É uma tradição familiar, que por mais dolorosa que seja para as jovens,
é a expressão do quanto elas amam suas famílias e se sacrificam por elas.
Isso
fica muito claro nos livros da Honoria e da Iris. Essa questão familiar é mais
enfática.
Quando
ouvi falar pela primeira vez do quarteto, pensei que a formação fosse de irmãs. Mas
na realidade são na maioria primas. As jovens da família Smythe-Smith - ainda
solteiras, mas que estão fazendo sua estreia nas temporadas londrinas - são
obrigadas a participar do quarteto e só são liberadas da obrigação após
casarem. Um fato curioso, que descobrimos no livro da Iris, é que apenas uma
prima conseguiu se safar de apresentar-se no musical nas quase duas décadas de
duração.
O
que as próprias jovens não entendem é o fato de suas mães e tias acharem divinas todas as apresentações. Ficamos tão desconcertadas quanto as protagonistas toda
vez que os membros femininos mais velhos da família, falam com carinho e
elogios sobre as musicistas e seus talentos. E isso afeta até os membros
femininos mais jovens, como o caso da Daisy, irmã mais nova da Iris.
Mas
vamos focar em cada livro.
O
primeiro trás a história da Honoria e do Marcus. Esses dois se conhecem desde
crianças, já que o Marcus é o melhor amigo de Daniel, irmão da jovem. Após a
tragédia que obrigou Daniel a fugir do país, Marcus secretamente foi incumbido
de cuidar de Honoria, principalmente no que concerne ao casamento. Isso acaba deixando
Marcus mais próximo do que deveria da jovem e vai ser o estopim da atração entre
eles.
A
forma como o romance vai se construindo é muito bonita de acompanhar. Eles se
conhecem e se respeitam. São amigos e implicam um com o outro e ver como essa
amizade perdura, mesmo com o surgimento do romance, foi muito bom de
acompanhar. Dei quatro estrelas para esse livro.
Depois
temos “Uma Noite Como Esta”, que vai contar a história de Daniel e Anne. Daniel
fugiu da Inglaterra depois de acidentalmente atirar em Hugh Prentice, seu
amigo, quase o matando durante um duelo. Duelo este ocorrido enquanto os dois
estavam bêbados e discutindo por uma bobagem. O fato é que isso provocou a ira
do pai de Hugh, um homem conhecido como louco e que jurou acabar com a vida do
rapaz. Após três anos, Hugh convence seu pai a abandonar o plano de matar
Daniel e consegue com que o amigo volte para casa. Esse retorno ocorre no final
do primeiro livro e é uma das cenas mais engraçadas das duas obras.
Na
noite do musical, que é quando Daniel retorna, ele conhece a Srta. Anne,
governanta de algumas de suas primas – pois a família é cheia de primos – e se
encanta, meio que obsessivamente para mim, pela jovem.
Esse
instalove me incomodou um pouco e foi o que menos gostei no livro.
Anne
é uma jovem com um passado triste, mas não incomum naquela época, e que
sobrevive como governanta. Ela não fala sobre seu passado com ninguém e muito
menos sobre sua família. No decorrer da obra, uma série de situações deixa a
jovem, assim como Daniel em perigo, e isso os aproxima mais.
Foi
legal acompanhar o romance dos dois, principalmente, porque a Anne tenta se
manter o mais firme possível em relação as investidas do Daniel, e não se apaixona imediatamente pelo Daniel. Isso
foi até legal, pois o instalove foi do mocinho e não da mocinha. Dei quatro
estrelas para o livro.
Agora
este foi o livro que estava mais ansiosa para ler dos quatro. Temos aqui o Hugh
e a Sarah. O Hugh era o amigo de Daniel que foi baleado naquele duelo
mencionado acima e a Sarah é uma das primas de Daniel. Vou logo mencionar que
não shippava em nada esse casal. Fiquei muito curiosa pelo livro, por conta do Hugh
e pelo fato de que, fisicamente, ele foi o mais prejudicado pelo duelo. Ele não
consegue andar sem a ajuda de uma bengala, pois a bala deformou sua perna esquerda. Mesmo
assim, ele não culpa o amigo pelo ocorrido, mas sim sua própria burrice.
A
Sarah é a Smythe-Smith que eu menos gostei. É claro que como personagem, ela, a
meu ver, evoluiu muito. Ou pelo menos mostrou no decorrer do livro, uma face
melhor de sua personalidade.
A
história se passa entre os casamentos de Honoria com Marcus e Daniel com Anne. A
Sarah é incumbida de tornar a estadia de Hugh, durante os casamentos, o mais
confortável possível, já que durante o tempo de fuga de Daniel, ninguém da
família foi muito simpático com os Prentice. Hugh se sente mal por isso, e
Sarah faz questão de deixar claro o quanto não o aprecia. Sarah é considerada
a mais carismática da família e uma boa companhia, por isso escolhida para
acompanhar Hugh.
No
decorrer da história, eles acabam se conhecendo melhor, e Sarah muda de opinião
sobre o Hugh. Essa mudança, assim como um pequeno acidente, os torna mais
próximos. Mas o problema de Hugh com o pai fica mais evidente nessa obra, e
possibilita uma das cenas mais conflituosas da série e a melhor cena da Sarah
em todos os livros. O livro é bom, mas o final foi o que me fez dar 4,5
estrelas para este livro.
O
quarto e último livro vai contar a história da Íris e do Richard. Logo no
início percebemos que o mocinho está passando por uma série de problemas em
casa e precisa de uma noiva com urgência. Desesperado, ele acaba acompanhando
um amigo no evento musical dos Smythe-Smith e conhece Iris. Ele fica intrigado
com a moça, pois ela é a única jovem do grupo que sabe tocar, mas, principalmente, vê nela a resposta para as suas preces. A partir desse encontro, ele vai
fazer de tudo para casar com Iris o mais rápido possível.
A
Íris foi uma protagonista que gostei logo de cara. Considerada a mais ‘apagada’
das primas, ela sempre soube ser discreta, passando despercebida pela sociedade, porém muito atenta a tudo e a todos. Isso torna ela esperta e a faz perceber que há alguma
coisa de errado com a exagerada atenção de sir Richard. Mesmo assim, Iris não
se importa com a atenção dele e até pensa em se casar com ele. No entanto, ela
jamais pensou que o casamento aconteceria da forma escandalosa como aconteceu.
Gostei
muito desse casal. Eles tem sintonia. Os diálogos dos dois são muito divertidos
de acompanhar. Eles pensam de forma parecida, meio sarcástica e muito sincera,
e são pessoas que eu, como leitora, adoro ver nos livros. Os dois passam por
situações engraçadas. E de todos os quatro livros, esse tem a cena MAIS LOUCA E
DIVERTIDA de toda a série. Gente, eu ri muito. Gargalhei. Era 22h, o povo todo
dormindo, e eu rindo alto. Nunca pensei que um unicórnio seria tão divertido.
Eu lendo a cena do unicórnio.
No
entanto, esse livro tem um drama forte envolvendo o casal, e que pode abalar
seriamente a relação deles. Eu achei de início que toda a confusão foi absurda,
principalmente ao descobrir o segredo do Richard. Mas com o tempo, você acaba
entendendo a perspectiva dos personagens envolvidos no drama. Isso, porém
abalou, a forma como eu estava gostando da história e me fez dar só 4 estrelas.
Este livro tinha tudo para ser o meu favorito.
No
geral, eu gostei bastante da série. São livros rápidos de ler e com uma escrita
cativante, marca da Julia Quinn como escritora. Tem cenas muito divertidas e bonitas.
A história pessoal dos protagonistas de cada livro é bem trabalhada e tem muitas
cenas amorzinho.
Além
disso, temos participações especiais dos Bridgertons e a mais do que divertida
participação da terrível Lady Dansbury. Ao todo, eu acho que essa é a
personagem que mais teve participação em livros da autora. Só dos que já li
dela, temos a série dos Bridgertons – ela aparece em quase todos -, o do
quarteto Smythe-Smith, e tem o livro “Como se casar com um Marquês”, no qual
ela é uma das personagens principais.
Gostei
muito da série. E vocês, já leram? O Box dos livros feito pela Editora Arqueiro
está muito lindo.
Super
recomendado.
Boa
leitura!
Comentários
Postar um comentário