Olá, leitores.
Depois de muito tempo venho trazer uma resenha para vocês.
O livro da vez é O último adeus, que foi uma leitura bem interessante, além de mexer com muitos sentimentos.
Um pequeno resumo:
A jovem Alexis está tentando continuar sua vida após o suicídio do irmão mais novo, Ty. Tendo que dar conta de sua família desfacelada, a morte do irmão, o último ano do ensino médio e a busca por uma universidade, Alexis vai ter que aprender a reconhecer seus sentimentos, entender tudo que aconteceu em sua vida e o que ela precisa fazer pra seguir em frente.
Meu objetivo aqui não é realmente detalhar a história, mas as emoções e impressões que tive sobre tudo o que li nesse livro.
Essa resenha contém spoilers, então se você não leu a história ainda, e não gosta de saber o final do livro antes de lê-lo todo, por favor, ABANDONE ESTE TEXTO.
Mas se você é como eu (muitas vezes eu sou assim) e não se importa nadinha em conhecer algumas coisas da história, CONTINUE COMIGO.
Demorou muito para eu me conectar com a Alexis. Por mais que eu entendesse que ela estava sofrendo, eu achava ela muito chata. Por favor, não me julguem. Eu entendo toda a situação que ela estava passando e como tudo abalara a já tímida personalidade dela.
Mas para uma garota que fica repetindo o quanto faz parte do grupo de nerds da escola desde o ensino fundamental, que entende o quanto as pessoas querem ajudar, mas que não sabem como, ela é muito rápida em julgar e se afastar.
E aí entra o meu primeiro ponto de empatia do livro: os amigos dela. São ótimos. Sempre perto, tentando oferecer conforto, mesmo que a Lex esteja sendo irritante e pouco amiga. Eles são compreensíveis com ela. Não a julgam. Tentam fazer com que ela se sinta querida.
Os amigos dela são um dos pontos altos do livro.
Segundo ponto: este livro vai falar sobre quem ficou para trás. Sobre as pessoas que precisam juntar os cacos. Os sentimos envolvidos para além da perda. E como seguir em frente.
Da metade do livro em diante, eu consegui me conectar com a personagem e o problema que ela estava enfrentando com a mãe dela.
Não é fácil perder alguém próximo. No caso da mãe da Lex, ela se tornou um robô. A perda do filho dela a transformou num autômato. Ela mal via a filha.
Uma das melhores cenas do livro é quando a Lex resolve fugir do luto que cerca a casa delas, e parte com a mãe para conhecer a casa de Elvis Presley. A conversa que elas tem no retorno, quando a personagem principal diz pra mãe que ela ainda está viva. E que a mãe está viva. E que elas precisam viver a vida delas. Que isso não as destruiu e que ela também precisa da própria mãe.
É uma conversa honesta sobre a perda que muito me emocionou. Outro ponto alto do livro.
O terceiro ponto que quero levantar é o segundo suicídio do livro. Suicídio de um amigo do irmão dela. No livro, a Lex fica pensando no que as outras pessoas pensam quando olham pra ela após a morte do outro rapaz. Como se o irmão dela tivesse incentivado o outro garoto ao suicídio também. E aí ela levanta uma questão bem interessante que são as taxas de suicídio nos Estados Unidos e como a maioria dos casos são de jovens.
É um dos momentos em que a personagem nos mostra uma série de fatores que as pesquisas apontam para a prática do suicídio. Desde uso de medicação até o porte de armas em casa.
É um alerta que a autora nos dá.
O último ponto que quero mencionar aqui são as ações que a personagem toma, por achar que é o que o irmão queria que ela fizesse, mesmo com medo de pensarem que ela está louca por causa disso.
A primeira coisa que concordei com a Lex no livro, foi com o fato de ela não querer tomar medicação. E como essa resistência dela, fez com que o médico dela indica-se o uso do diário. O uso do diário fez ela pensar no irmão para além do suicídio e daí a vê-lo em muito lugares.
Nós somos socializados atualmente para sermos independentes. E para muitos parece que ser independente é não demonstra sentimentos ou ver as pessoas sentimentais/passionais como loucas.
A necessidade de se expressar, por qualquer meio, é essencial ao ser humano. Não conseguir demonstrar o que se sente, retarda nosso desenvolvimento como indivíduos e causa problemas de saúde.
Isso é visível nas crises de ansiedade que a Lex tem.
A importância de compartilhar o que se sente é essencial para nossa saúde.
E foi isso, pessoal.
Dei 4 estrelas para a obra e recomendo para todos.
Obs: esse foi o primeiro livro da lista de encalhados na estante, que foi lido na #MML2018. Quer saber mais? Confira aqui.
Boas leituras!
Demorou muito para eu me conectar com a Alexis. Por mais que eu entendesse que ela estava sofrendo, eu achava ela muito chata. Por favor, não me julguem. Eu entendo toda a situação que ela estava passando e como tudo abalara a já tímida personalidade dela.
Mas para uma garota que fica repetindo o quanto faz parte do grupo de nerds da escola desde o ensino fundamental, que entende o quanto as pessoas querem ajudar, mas que não sabem como, ela é muito rápida em julgar e se afastar.
E aí entra o meu primeiro ponto de empatia do livro: os amigos dela. São ótimos. Sempre perto, tentando oferecer conforto, mesmo que a Lex esteja sendo irritante e pouco amiga. Eles são compreensíveis com ela. Não a julgam. Tentam fazer com que ela se sinta querida.
Os amigos dela são um dos pontos altos do livro.
Segundo ponto: este livro vai falar sobre quem ficou para trás. Sobre as pessoas que precisam juntar os cacos. Os sentimos envolvidos para além da perda. E como seguir em frente.
Da metade do livro em diante, eu consegui me conectar com a personagem e o problema que ela estava enfrentando com a mãe dela.
Não é fácil perder alguém próximo. No caso da mãe da Lex, ela se tornou um robô. A perda do filho dela a transformou num autômato. Ela mal via a filha.
Uma das melhores cenas do livro é quando a Lex resolve fugir do luto que cerca a casa delas, e parte com a mãe para conhecer a casa de Elvis Presley. A conversa que elas tem no retorno, quando a personagem principal diz pra mãe que ela ainda está viva. E que a mãe está viva. E que elas precisam viver a vida delas. Que isso não as destruiu e que ela também precisa da própria mãe.
É uma conversa honesta sobre a perda que muito me emocionou. Outro ponto alto do livro.
O terceiro ponto que quero levantar é o segundo suicídio do livro. Suicídio de um amigo do irmão dela. No livro, a Lex fica pensando no que as outras pessoas pensam quando olham pra ela após a morte do outro rapaz. Como se o irmão dela tivesse incentivado o outro garoto ao suicídio também. E aí ela levanta uma questão bem interessante que são as taxas de suicídio nos Estados Unidos e como a maioria dos casos são de jovens.
É um dos momentos em que a personagem nos mostra uma série de fatores que as pesquisas apontam para a prática do suicídio. Desde uso de medicação até o porte de armas em casa.
É um alerta que a autora nos dá.
O último ponto que quero mencionar aqui são as ações que a personagem toma, por achar que é o que o irmão queria que ela fizesse, mesmo com medo de pensarem que ela está louca por causa disso.
A primeira coisa que concordei com a Lex no livro, foi com o fato de ela não querer tomar medicação. E como essa resistência dela, fez com que o médico dela indica-se o uso do diário. O uso do diário fez ela pensar no irmão para além do suicídio e daí a vê-lo em muito lugares.
Nós somos socializados atualmente para sermos independentes. E para muitos parece que ser independente é não demonstra sentimentos ou ver as pessoas sentimentais/passionais como loucas.
A necessidade de se expressar, por qualquer meio, é essencial ao ser humano. Não conseguir demonstrar o que se sente, retarda nosso desenvolvimento como indivíduos e causa problemas de saúde.
Isso é visível nas crises de ansiedade que a Lex tem.
A importância de compartilhar o que se sente é essencial para nossa saúde.
E foi isso, pessoal.
Dei 4 estrelas para a obra e recomendo para todos.
Obs: esse foi o primeiro livro da lista de encalhados na estante, que foi lido na #MML2018. Quer saber mais? Confira aqui.
Boas leituras!
Comentários
Postar um comentário