Resenha: A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista - Jennifer E. Smith


Olá, leitores.

Vamos falar sobre um romance fofo, curtinho e divertido? Vem comigo.


A probabilidade estatística do amor à primeira vista (ufa!) é um romance que se passa em pouco mais de 24h. Conta a história de como Hadley conheceu Oliver, durante uma viagem dos Estados Unidos para a Inglaterra. Os dois iam participar de eventos importantes da família, mas não pareciam tão animados assim.

Hadley, principalmente. Como nosso narrador-personagem, estamos mais cientes da falta de ânimo dela. Os pais se separaram a pouco mais de um ano e agora o pai vai se casar com uma inglesa que ela nunca viu, e ela ainda vai ter que bancar a madrinha da noiva.

Ela está disposta a odiar tudo e todos nessa viagem, e não teria como começar pior com ela perdendo o avião. Tendo que conseguir um voo de última hora, ela acaba recebendo a ajuda de um jovem inglês universitário que está voltando para casa para uma visita.

Há uma conexão entre os dois. Na forma como conversam as coisas mais absurdas e divertidas; como se apoiam nas crises (Hadley tem claustrofobia e vai entrar num avião :o ); na liberdade que sentem na presença um do outro.

A viagem de avião é mágica, mas os dois tem que se separar ao chegarem na Inglaterra. Hadley, no entanto, sente que precisa do humor de Oliver para passar pelo turbilhão de sentimentos que o casamento do pai provoca nela.

Ela vai atrás dele - uma série de coincidências a ajuda a descobrir mais sobre o destino do rapaz. E muitas surpresas aguardam o reencontro desses dois.


Este romance é muito singelo e fofo. Oliver e Hadley são uma graça juntos. O drama da história, envolvendo o ressentimento de Hadley com relação a seu pai e ao seu novo casamento, é muito bem trabalhado e sai do esteriótipo de madrasta má e insensível, o que valeu muito o livro. 

As reflexões que vão sendo feitas sobre relacionamentos - familiar e amoroso - são bem administradas pela autora e você consegue entender e se sentir feliz com a forma progressiva que o amadurecimento vai ocorrendo.

É difícil falar de amadurecimento num romance tão curto - não apenas de tamanho, mas de tempo narrativo -, mas achei lógica a mudança na posição de Hadley sobre a vida e o amor. E o que me deixou mais feliz, foi que isso não pareceu ter sido por conta da chegada de Oliver na vida dela. É claro que ele é importante, principalmente na forma como ela para pra refletir sobre os próprios sentimentos, mas tudo é decisão dela. 

Os encontros e desencontros desses dois foram bem planejados, apesar de haver alguma ajuda do destino nisso. Porém, trata bem de como às vezes conhecemos uma pessoa por pouco tempo, e conseguimos conversar 'horrores' com ela, e, ao mesmo tempo, não termos nenhuma informação de identificação da mesma. 

Hadley, por exemplo, não sabe o sobrenome de Oliver, nem o nome de seus pais e nem o motivo da viagem dele. 


No mais, é uma leitura leve para qualquer dia. Dá para se emocionar; sentir aquele calorzinho no coração e rir também. Não é um livro recente, tem mais de 5 edições, e consegui tirar da minha lista de leituras só agora. A espera valeu a pena.

Recomendo. Boas leituras!


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