Que livro, leitores. Que LIVRO!!!!!
Essa ficção científica embalou o final da minha madrugada de sexta-feira santa e toda a minha manhã desse dia, e posso dizer que foi
Quando comecei a leitura pensei que teria muito medo, ou apreensão durante a mesma. Mas me surpreendi com a escrita do autor e a forma como ele resolveu dar o tom da história. O sarcasmo, a linguagem e as formas de pensamento dos personagens que tem que lidar com esse novo organismo poderoso que mata para se reproduzir é fantástica.
Eles são diferentes entre si. Cada um deles com um histórico de vida, que os mostram vindo de lugares tão diferentes que você fica envolto em suas histórias pessoais. Cada personagem, até mesmo o fungo invasor, tem sua parcela de narrador, o que é ótimo para a trama.
Vamos à ela.
Na década de 80, uma dupla de agentes do serviço secreto dos Estados Unidos, junto com uma cientista, vão parar no meio do deserto australiano para identificar coisas estranhas que estão acontecendo em um pequeno vilarejo, onde um objeto de uma missão espacial da NASA caiu 6 anos antes.
Porém, o que eles encontram é tão terrível que ameaça a humanidade e eles resolvem destruir o vilarejo, ao acabarem perdendo um membro da equipe.
30 anos depois, no entanto, um antigo depósito militar - que foi vendido e transformado em um grande lugar de armazenamento para civis - começa a apresentar problemas, principalmente quando uma amostra do perigoso organismo fica a solta e tenta chegar a superfície e a novos hospedeiros.
E é aí, pessoal, que as coisas ficam interessantes. Como não é mais uma base militar, serão os dois "seguranças" noturnos do centro de armazenamento que terão que lidar com a ameaça. Além de outros indivíduos que se aventuram no local no meio da madrugada.
E esses personagens são o grande trunfo da história. Fiquei animada e encantada com a psicologia de cada um e por eles serem personagens da periferia social. Temos um ex-condenado, uma mãe solteira depressiva, um contrabandista bêbado de móveis e eletroportáteis, uma viúva de um policial do interior, entre outros.
A forma como eles vão enxergando e tendo que lidar com todo o horror da situação é maravilhoso. Vocês podem até achar que é meio uma comédia ou algo meio trash pelo que estou dizendo, mas não é.
O livro é sério sobre todo os aspectos científicos, sobre as mortes e os dramas pessoais de cada personagem, porque todos eles tem problemas. Mas como o autor tentou colocar pessoas reais na trama, e principalmente pessoas problemáticas, que não se enquadram no esteriótipo de heróis, tudo ficou muito mais interessante.
A linguagem utilizada também é muito acessível. Até mesmo os detalhes técnicos e biológicos sobre o desenvolvimento dos fungos, taxas de reprodução, reações químicas, tudo bem compreensível.
Aliás vocês sabiam que o maior organismo vivo da terra é um fungo?! O cogumelo do mel que está no estado de Oregon, nos Estados Unidos atualmente tem mais de 3 kilômetros de diâmetro.
Só posso dizer que amei a leitura. Me diverti muito com ela. A linguagem é fluida e envolvente e não queria parar de ler.
Super recomendo essa leitura!
Bom feriado!
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