Olá, leitores.
Na história criada pela autora brasileira Babi A. Sette, descobrimos a história de amor de Francesca e Mitchell. Esse casal, pertencente à classes sociais diferentes, se conheceu de maneira bem atípica. Francesca, que acabara de sair de um relacionamento, foi fazer trabalho voluntário no hospital, lendo para pessoas em coma. O paciente atribuído à ela foi Mitchell. Enquanto ela vai lendo para ele o livro que está escrevendo, Francesca acaba pesquisando também sobre a vida do homem, que está abandonado pela família e amigos no hospital. Ao perceber que ele não recebe visitas, ela fica tocada com a situação e o que começa como uma atitude solidária, se torna um amor unilateral, regado à muita música clássica e literatura.
Essa é a base da história desse casal. Como supus logo no início da leitura, em algum momento o Mitchell acorda e o primeiro encontro com os dois conscientes não é o que Francesca esperava.
Eu, sinceramente, não gostei muito da história. Ela não é uma história ruim. Tem uma premissa legal, momentos poéticos e sensíveis sobre relações familiares e a escrita da Babi é muito bonita. Mas faltou algo para mim. Até quarenta por cento do livro eu estava lendo normalmente, mas o romance se tornou muito chato para mim.
No entanto, a autora sabe prender a atenção do leitor e eu queria saber o que aconteceria com eles. Então, fiz uma leitura dinâmica. Fui acompanhando os diálogos, mas as cenas hots eu fui pulando, assim como alguns diálogos que se tornaram repetitivos ao longo da história.
O que vou apresentar a seguir pode ser considerado spoiler por alguns, mas eu não acho que seja. Mas se você não quer se arriscar, PULE AS PARTES: COISAS QUE GOSTEI E NÃO GOSTEI.
Coisas que gostei na obra:
- A personagem principal está escrevendo um livro e esse romance permeia o relacionamento de Francesca e Mitchell. Ao final, temos trechos do livro sendo apresentados e é uma história muito bonita.
- Gostei da relação que a Francesca tem com a mãe dela, que fica muito claro com as lembranças dela da infância.
- Gostei dos amigos da Francesca e da cumplicidade entre eles.
Coisas que não gostei na obra:
- Em muitos momentos do livro eu não conseguia lidar com a carência da Francesca. O histórico de vida dela colaborou para isso. Os momentos em que ela está com a psicóloga, desbravando essas questões, é importante, mas não consegui me conectar com a personagem.
- Entendo que o fato dela se apaixonar pelo Mitchell, estando ele inconsciente, não é algo absurdo, e a carência dela colaborou muito para isso. Mas o nível de amor que ela estabelece para com ele, eu achei muito exagerado. Algo muito obsessivo e como vemos em muitos momentos da trama, nada saudável.
- O Mitchel, no início, parece um cara com problemas, mas um cara legal. Temos alguns trechos falando sobre a vida dele, momentos antes do acidente que o deixou em coma, então temos a perspectiva dele. No entanto, o comportamento dele com a Francesca, na primeira vez que se encontram, me deixou chateada. Mesmo o pedido de desculpas dele pra mim foi fraco.
- E a forma como ele volta para a vida dela, antes de eles engatarem um romance, me incomodou muito. As primeiras cenas deles na casa dela me deixaram bem irritada.
Vocês podem ver que fiquei chateada com muitas coisas na história, mas foi o que senti. Existem coisas - comportamentos, situações - que antes eu lia e deixava passar batido, mas hoje em dia é difícil para mim não me incomodar. Principalmente quando elas são muito repetidas na história.
Se eu tivesse me sentido conectada à Francesca, acredito que essas coisas continuariam me incomodando, mas eu estaria envolvida e torcendo pelo casal. Não foi o caso.
Dei três estrelas para esse livro. A história está bem fresca na minha mente - terminei ontem à noite - e, por isso, os sentimentos ainda estão presentes.
Recomendo a leitura. Pode ser que você goste da obra. Ela simplesmente não funcionou para mim.
Boas leituras!
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