Resenha: Corte de Chamas Prateadas, Sarah J. Maas.


 Olá, leitores.
Vamos comentar hoje sobre o mais novo lançamento da série ACOTAR que chegou esse mês nas livrarias e já está dando o que falar. Vamos ter alguns spoilers aqui, então se você não leu os demais livros da série e ainda não leu este livro específico, é melhor pular esta resenha.

Primeiramente, gostaria de dizer que Nestha sempre foi uma personagem que chamou minha atenção. Eu a vi como uma pessoa sofrida, que aprendeu a bater antes de ouvir, e que sentia a necessidade de se proteger até daqueles que amava. Quando Cassian demonstra interesse por ela já em Corte de Névoa e Fúria eu fique feliz e esperançosa de que o arco narrativo deles fosse explorado.

Então, quando ACOSF (A Court Of Silver Flame em inglês) foi anunciado e eu fiquei



Mas ouvi algumas críticas pontuais sobre a trama que me deixaram meio com o pé atrás sobre o livro. Isso porém não me impediu de adquirir a obra e ler assim que chegou no meu kindle.

O livro é enorme. O maior da série até o momento e eu entendi a necessidade disso, porque Nestha teria que explorar não só seus poderes, mas descobrir quem ela queria ser nesse novo mundo como grã-feérica.

Nestha está numa confusão no início da história. A guerra acabou, mas deixou sua marca nela. E aprofundou o rancor, mágoa e culpa que ela já tinha dentro de si. Ela fica constantemente se torturando por tudo o que fez, e não encara o impacto que isso tem em si mesma e na sua família, até ser forçada a fazer uma escolha.

Isolada e tendo que aprender a lutar e ajudar outros, Nestha vai nos mostrando características positivas de si mesma, que não nos eram visíveis nos livros anteriores.

Em sua própria jornada de crescimento, ela vai fazer o que sua irmã, Feyre, acabou fazendo: construindo uma família fora dos laços sanguíneos. E é aí que conhecemos duas personagens maravilhosas: Emerie e Gwyn. A primeira é uma jovem ilyriana que conduz um negócio e a outra é uma jovem sacerdotisa que vive na biblioteca dentro da montanha da Casa do Vento. Aliás, a própria casa é uma personagem ativa na história, que nos possibilita momentos divertidos.

Existe um aspecto de ACOSF que muito me chamou a atenção: a história das Valquírias. Gwyn está estudando isso e acaba inspirando suas amigas e outras sacerdotisas a se tornarem a próxima geração dessas grandes guerreiras, algo que elas vão provando ao longo da história.
Mais do que Feyre, Nestha vai se desenvolver como uma verdadeira guerreira e acredito que ela e suas amigas vão ter um papel de destaque nos próximos confrontos e guerras que ficam subentendidos virem a ocorrer nos próximos livros.

Elas vão mostrar toda a força feminina no combate e nos ajudar a explorar melhor os conflitos e organização dos exércitos em Prythian. Nós já conseguimos ver um pouco disso com a participação delas no rito de sangue dos ilyrianos, parte que gostei muito na história. Eu também amei as aulas de luta e todo o aprendizado sobre respiração, equilíbrio e socos que Cassian mostra na história.

Mas este livro não é só de aprendizado. É também um dos livros mais hot que li nos últimos tempos. Cassian e Nestha são fogo e gasolina e provam isso nos mais variados ambientes, se vocês me entendem. 


E tenho que dizer que isso muitas vezes parecia desproporcional dentro da história, me incomodando muito.

Outra coisa que me deixou um pouco incômoda foi a forma como um dos vilões da história, Koschei, foi apresentado. Aliás não foi apresentado. A rainha Briallin tem uma motivação, que mesmo sendo só a raiva, tinha um sentido. Mas a motivação de Koschei, quem ele realmente é e o que quer, ficou em aberto e isso, comparado com as intervenções dele na trama, não fizeram sentido. Não acho que deveria ser algo para ficar para o próximo livro. Deveria ter sido melhor trabalhado, pelo menos explorado mais, e deixado pouca coisa para ser resolvida nos próximos livros.

No geral, eu gostei muito desse livro. Mesmo que eu tenha ouvido as pessoas comentando que essa história tem muitos plots de outros livros e séries de fantasia, eu gostei da construção da personagem e das possibilidades que essa história abriu para futuras tramas.

E eu gostaria de saber de vocês uma coisa: vocês também sentiram a existência de dois possíveis casais para os próximos livros? Para mim são Azriel e Gwyn (casal pelo qual estou desesperada) e Emerie e Mor (ou vocês não sentiram que a Emerie tem uma paixonite pela Mor quando vê ela na biblioteca?)

Recomendo essa história e estou na expectativa por outros livros da série. Aliás, ouso dizer que vocês ainda vão me ouvir falar muito sobre as obras da Sarah J. Maas por aqui.

Boas leituras e até a próxima.

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